Tosse Convulsa. Três poemas pelas terras do Amor. 2: Heráldica do Amor.
A tua pele cálida, campo de marta-zibelina, sob um luzeiro inerte
torna-se invertida, contra-arminho,
dividindo-se em reluzentes quartéis, atravessada pela
cruz de santo André, aspas em goles refulgentes na negridão e amplitude
do meu abraço esmaltado a sable, onde das três vezes que te visito
três besantes vinculo.
De na alfombra chã pascente a passante,
a visão da tua coroa negra timbrada de cheiros musgosos,
paquife espraiado por toda a infinitude dos meus gestos: fazes-te-me.
E vibram-se-me as cordas,
agora a vieira abre-se, agora as bagas da moura estalam, agora a cruz a evaporar-se gamada
por poros, bocas ávidas e cerradas a um só tempo,
de grifo, inscrito nenhures.
Latejam-me as têmporas,
as garras afiancam-se nos penhascos do teu ombro,
rampante,
montante,
saltante,
trepante.
Cabreio,
pões-me lampassado e arfante.
Aguieta voante de olhos-adaga, a tua cabeça coronela aproxima-se, bicada:
lábios blaus de Melusina mortífera num corpo pingado em sinopla
(pântano ou fogueira?).
Amparo o golpe com os braços, sopeso o manteler nas minhas mãos,
de arruelas rosas e rompentes.
Agora irado, quinante, caçante – apanhar-te-ei, apanhar-me-ás?
“Dia da Graça, o da caça e do caçador”.
Já não nada entendo, onde estamos e a quem esta perna pertence, decepada e liada a dois
/corpos?
Os dois olhos, um áureo e outro argênteo,
deitados nos veiros, glandes alaranjadas e púrpuras, lacrimosos e
blasoneando as vitórias, e dessalando quatro montinhos brancos em quartéis:
nova cruz, de Malta, animada, desabrochando em trifólios vivos,
eis que os frutos húmidos pendem alimentícios e brandos,
carapeto nas minhas blandícias, fugente das minhas travessuras.
ajunto à panóplia a que me obrigo novos escudo, tarja
e elmo de longo coçar despenteando de oliveira,
mas quedar-me-á
partido, cortado, fendido, talhado, esquartelado ou franchado, pelo teu curto
e morboso alfanje?
torna-se invertida, contra-arminho,
dividindo-se em reluzentes quartéis, atravessada pela
cruz de santo André, aspas em goles refulgentes na negridão e amplitude
do meu abraço esmaltado a sable, onde das três vezes que te visito
três besantes vinculo.
De na alfombra chã pascente a passante,
a visão da tua coroa negra timbrada de cheiros musgosos,
paquife espraiado por toda a infinitude dos meus gestos: fazes-te-me.
E vibram-se-me as cordas,
agora a vieira abre-se, agora as bagas da moura estalam, agora a cruz a evaporar-se gamada
por poros, bocas ávidas e cerradas a um só tempo,
de grifo, inscrito nenhures.
Latejam-me as têmporas,
as garras afiancam-se nos penhascos do teu ombro,
rampante,
montante,
saltante,
trepante.
Cabreio,
pões-me lampassado e arfante.
Aguieta voante de olhos-adaga, a tua cabeça coronela aproxima-se, bicada:
lábios blaus de Melusina mortífera num corpo pingado em sinopla
(pântano ou fogueira?).
Amparo o golpe com os braços, sopeso o manteler nas minhas mãos,
de arruelas rosas e rompentes.
Agora irado, quinante, caçante – apanhar-te-ei, apanhar-me-ás?
“Dia da Graça, o da caça e do caçador”.
Já não nada entendo, onde estamos e a quem esta perna pertence, decepada e liada a dois
/corpos?
Os dois olhos, um áureo e outro argênteo,
deitados nos veiros, glandes alaranjadas e púrpuras, lacrimosos e
blasoneando as vitórias, e dessalando quatro montinhos brancos em quartéis:
nova cruz, de Malta, animada, desabrochando em trifólios vivos,
eis que os frutos húmidos pendem alimentícios e brandos,
carapeto nas minhas blandícias, fugente das minhas travessuras.
ajunto à panóplia a que me obrigo novos escudo, tarja
e elmo de longo coçar despenteando de oliveira,
mas quedar-me-á
partido, cortado, fendido, talhado, esquartelado ou franchado, pelo teu curto
e morboso alfanje?
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